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Ilha das Sombras
“A terra hoje conhecida como Ilhas das Sombras outrora fora um reino estonteante, mas foi destruído por um cataclisma mágico. A Névoa Sombria encobre as ilhas permanentemente e a própria terra está manchada, corrompida pela feitiçaria malevolente. Os seres vivos que agora encontram-se nas Ilhas das Sombras têm sua vida lentamente sugada deles, que, por sua vez, atraem os espíritos insaciáveis e predatórios dos mortos. Aqueles que perecem dentro da Névoa Sombria são condenados a assombrar esta terra melancólica por toda a eternidade. Ainda pior, o poder das Ilhas das Sombras fica cada vez mais forte com o passar dos anos, permitindo que as sombras dos mortos aumentem seu alcance e levem almas por toda Runeterra.”
Outrora chamado de Ilhas das Bênçãos, o arquipélago chamado hoje em dia de Ilhas das Sombras teve um passado áureo no qual jardins, bibliotecas e universidades se espalhavam por todo território, casas de ensino existiam em todos os lugares promovendo o saber, o conhecimento e uma existência em harmonia com a magia que se proliferava em todos aspectos daquela terra.
Sua arquitetura era composta de quebra-cabeças arquitetônicos com significados e simbolismos ocultos, reflexo de uma civilização que se mantinha isolada graças à névoa branca que levava viajantes sem guias para outros lugares e, portanto, estava inserida em uma enorme busca pelo autoconhecimento.
Devido a esse isolamento, as Ilhas não tinham um exército realmente expressivo, boa parte do que existia por lá eram pessoas interessadas em aprender e elevar-se intelectualmente, fossem nas artes, em erudição ou mesmo nos muitos ofícios que eram primorosos.
A fertilidade das Ilhas era tremenda, não apenas graças à sua magia abundante, mas também às tecnologias agrícolas que utilizavam de forma harmônica essa magia natural nunca forçando o solo em demasiado ou esgotando as energias arcanas.
Tamanha prosperidade que se espalhava em todas as áreas fez com que mesmo sem uma expressiva força militar, eles pudessem conquistar outras terras, tendo como rotina a evolução tecnológica dessas regiões através do saber compartilhado pelos novos regentes.
Mas essa mesma prosperidade atraiu a cobiça de oponentes que buscavam seus próprios objetivos, fazendo com que um assassino fosse enviado para ceifar a vida do Rei.
Personagens
Ao criar um personagem dessa região, você recebe proficiência com os seguintes:
Idioma. Escolha um entre: Heliano ou Espiritual
Perícia. Escolha uma entre: Arcanismo, Enganação, Furtividade, História, Intimidação, Intuição, Percepção, Prestidigitação ou Sobrevivência.
Atividade. Escolha duas proficiências entre as seguintes opções: Uma arma simples ou marcial, apotecário ou guia: navegador
A Maldição
Durante a tentativa de assassinato foi feita uma vítima, não aquela a quem se dirigia o plano obscuro, mas sim a sua amada, a Rainha que, envenenada em uma pequena ferida em seu braço, veio a cair enferma.
Não foi por falta de tentativa, os melhores sacerdotes, cirurgiões e magos trabalharam em busca de uma cura, até mesmo a magia do Rei, poderosa e impulsionada pela magia das Ilhas, não foi capaz de fazer nada mais que retardar os efeitos.
Tudo isso deixou de ser assim quando a rainha veio a falecer e o rei enlouquecido e tomado pela angústia passou a buscar desesperadamente uma forma de reverter essa desgraça.
Enquanto enviou emissários em busca de uma cura pelo mundo, ao mesmo tempo passou a castigar seus próprios súditos em um reinado violento em busca de segredos que pudessem salvar a sua amada.
Por fim, em seu maior ato de loucura, indo contra tudo que aprendera e praticara durante a maior parte de sua vida, tentou violar as leis naturais subvertendo a magia e tentando dobrá-la à sua vontade.
Tamanha afronta ao equilíbrio cobrou um alto preço, as Ilhas das Bênçãos foram transformadas em um lugar lúgubre e, refletindo a tentativa de violar o natural, se tornaram uma paródia da vida e beleza, no qual espíritos dos que outrora estavam vivos, uivavam em condenação presos em um estado de morte-vida.
Helia
Helia, a capital das Ilhas das Bênçãos, está localizada na costa. Como resultado, muitas partes da cidade foram alagadas depois da Ruína. Além dela, uma série de outras maravilhas antigas permanecem perdidas, abandonadas ou simplesmente amaldiçoadas demais para que possam ser sequer visitadas pelas pessoas mais insanas, corajosas ou com tamanha sorte no azar de sobreviverem a uma entrada nessa terra. Outrora uma grande galeria de artefatos antigos que trazia itens de várias culturas e épocas, agora é nada mais do que uma cratera nas Ilhas das Sombras.
Qualquer mortal que pisar nas Ilhas das Sombras atrairá os espíritos dos caídos, talvez A Viúva das Canções, uma colecionadora de pássaros que tentou libertá-los quando o desastre chegou e que agora anda sem rumo, procurando por canções das quais ela não consegue mais lembrar, ou mesmo um dos muitos dos humildes escrivães e arquivistas das Ilhas das Bênçãos que morreram nos seus púlpitos, sem notar o desastre que recém caíra sobre eles. Essas almas perdidas agora escreves fervorosamente descrições de seus tormentos em um pergaminho infinito e podem transmitir esses tormentos a qualquer ser vivente.
Ainda assim, em meio a tanta insanidade ainda existem fagulhas de luz aqui e ali, como O Pastor de Almas que procura proteger espíritos mais fracos de espectros predatórios.
Apesar de espíritos mais fracos só conseguirem se manifestar durante um Tormento, entidades mais poderosas podem fazê-lo sempre, às vezes até se aventurando para além das Ilhas das Sombras. Os espectros mais poderosos conservaram muito de sua personalidade e desejos mesmo depois da Ruína, tornando-se espíritos predatórios que podem caçar os mais fracos e vulneráveis por toda a eternidade.
Aviso
Embora As Ilhas das Sombras estejam listadas aqui como uma região para conhecimento dos jogadores e mestres, aventuras nela são extremamente desencorajadas para aventureiros iniciantes. Essa ilha é um local de sofrimento e dor contínua, aventuras aqui devem ser elaboradas com o cuidado de traduzirem o perigo presente a todo o tempo e o destino dos que ousam invadir esses domínios quase sempre é a morte.