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Vazio

De Runarcana Wiki
Revisão de 17h03min de 8 de junho de 2021 por MasterOfSword (discussão | contribs)

Este artigo está em conformidade com a versão 0.92 do Runarcana RPG

“Ruidosamente lançado à existência com o surgimento do universo, o Vazio é uma manifestação da vastidão inatingível daquilo que jaz além. É uma força de apetite insaciável, que espera uma eternidade até que seus mestres, os misteriosos Observadores, marquem o momento final da destruição. Quando um mortal é tocado por esse poder, ele vislumbra uma agonizante irrealidade eterna, que é o suficiente para estilhaçar até mesmo as mentes mais fortes. Os próprios habitantes do reino do Vazio são criaturas geradas, muitas vezes com pouquíssima consciência, mas incumbidas de um propósito peculiar: levar toda Runeterra ao oblívio.”

Ao longo dos séculos, muitos mortais do mundo na superfície responderam ao chamado do Vazio ou foram arrastados para ele contra sua vontade. Alguns deles — em raríssimos casos — sobreviveram ao encontro, porém nenhum deles voltou inalterado.

Nas escuridões abissais, lá nas profundezas, acredita-se que agora vivem, dormentes e ocultas, as primeiras grandes criaturas do Vazio a emergirem na superfície de Runeterra. Se isso for verdade, isso significa que elas esperaram pacientemente por milênios e agora pode ser a hora de elas ascenderem novamente.

Apesar de ter gerado muitos deles, nenhum horror do Vazio é exatamente igual a outro. Suas formas sobrenaturais são tão variadas quanto aterrorizantes; entretanto, todas são motivadas por uma fome insaciável, e a misteriosa pulsação de seus corações é o que faz com que sigam em frente implacavelmente.

Algumas lendas sugerem que, quando as primeiras formas de vida do Vazio emergiram no ar de Runeterra, as crias do Vazio eram normalmente pálidas, fibrosas e flexíveis. À medida que envelhecem, partes de sua forma ficam mais escuras, se assemelhando a uma casca, rígida o suficiente para rebater praticamente qualquer arma.

Muito além das terras conhecidas de Valoran, nos pontos mais profundos e escuros embaixo do mundo, servos dos míticos Observadores são atraídos pelo poder das Runas Globais.

A ameaça do vazio paira por toda Runeterra, desde Targon até Shurima, passando por Freljord e até mesmo nas profundezas de Zaun, quão mais próximo do abismo e da escuridão, mais próximo de acessar o Vazio ou camadas dele.

Icathia

No passado existiu uma cidade chamada de Icathia, uma magocracia com cidadãos livres governados pelos reis magos que administravam e cuidavam da população.

Seu último Rei Mago foi Axamuk, o governante final a cair diante da imperatriz solar Shurimane junto de seu exército de homens e deuses dourados. Desde então, ao longo dos milênios, Icathia se tornou um estado vassalo controlado por Shurima, com seu povo subjugado e escravizado.

Os Taumaturgos Icathianos eram os magos da terra e da rocha, incumbidos durante os últimos dias da cidade, de escavar uma arma que viraria a maré em favor da nação.

Uma grande e terrível batalha foi travada contra o Vazio diante dos muros da antiga Icathia. No final, as terras em volta da cidade em ruínas se tornaram áreas devastadas e até sua existência foi varrida dos mapas de Shurima. Havia uma esperança, talvez ingênua, de que os horrores liberados lá fossem um dia esquecidos.

Uma das poucas formas de combater o Vazio é deixando-o passar fome. Sem nenhum suprimento orgânico nem mágico por perto, o crescimento material do Vazio fica mais lento - até que, finalmente, entra em um estado de dormência.

Nos arredores de Icathia está localizada a Ruptura, a maior evidência da ascensão do Vazio das profundezas da terra, em uma era há muito esquecida. Embora tanto corajosos quanto curiosos tenham tentado constantemente descobrir mais a seu respeito, somente os exploradores mais teimosos se aventurariam nos espaços escuros das profundezas.

A Queda de Icathia

Durante os últimos dias de Icathia, a nobre ordem guerreira dos Kohari foi reconstruída com o objetivo de retomar e libertar a cidade. A cidade estava repleta de gritos por todos os lados, enquanto turbas enfurecidas perseguiam e assassinavam todos os oficiais Shurimanes que pudessem encontrar. O ressentimento por séculos de leis humilhantes, destinadas a erradicar a cultura Icathiana – bem como as execuções brutais a quem violasse essas leis – chegou ao auge em um dia sangrento repleto de violência. Não importava a função e importância, todos aqueles que serviam ao Imperador Solar, foram mortos.

As efígies de Sol, símbolo da dominação Shurimane, foram arrancadas dos telhados e esmagadas pelas multidões aos aplausos. Os escritos shurimanes foram incinerados e seus tesouros saqueados enquanto as estátuas dos imperadores do passado, foram profanadas em um último ato de rebelião.

No dia seguinte ao massacre, um exército de pedreiros e taumaturgos erguiam blocos de granito recém-escavado na cidade, dez mil homens e mulheres foram recrutados para defender a cidade, em sua maioria armados com machados, picaretas e lanças, e vestindo armaduras de couro batido.

Três blocos de infantaria de alto nível formavam a maior parte de sua linha de frente. Os cadáveres shurimanes foram empalados em estacas espetadas na terra e aves carniceiras rodeavam no alto. Sacerdotes cercavam essas estacas e cada um deles desenhava padrões complexos no ar com seus cajados de metal estelar.

O Imperador Solar logo se dirigiu a Icathia junto a cinco exércitos cada um com dezenas de milhares de homens, máquinas de cerco, magos e no cerne dos exércitos, Nove Ascendentes, guerreiros divinos blindados em bronze e jade.

Durante a batalha sangrenta que dizimaria os Icathianos, o pavilhão explodiu com traços de luz. Laços de energia púrpura rasgavam o céu e o açoitavam como ondas quebrando a realidade. A força da explosão jogou todos ao chão. O céu, outrora brilhante e azul, estava agora da cor de uma contusão de uma semana. O crepúsculo não natural dominou. Uma luz de pesadelo, roxa e azul, sufocou o mundo, pressionando de cima e desabrochando de algum lugar abaixo.

Um abismo que sangrou luz púrpura rasgou-se entre os shurimanes, e Setaka foi tomada por chicotadas cordas de matéria. Ela lutou para se libertar com movimentos violentos de sua espada, mas o poder do Vazio era muito para ela. A luz pulsante e brilhante se espalhou por seu corpo como um casulo hediondo. Bobinas escorregadias se erguem da terra ou do próprio ar para se apoderar da carne dos mortais. Homens e mulheres foram arrastados e envolvidos, os corpos se dissolvem enquanto os tentáculos da energia suja os dominavam.

No final da batalha, a cidade foi devastada pelo Vazio, seus habitantes consumidos pela fenda ou dispersos e a terra marcada para sempre por aquele evento.